Entrevista:

sábado, 4 de outubro de 2008

História que gosto de contar...



- A Árvore Que Caiu -
Roberto de Freitas




E como toda boa história, essa assim também começa:


Era uma vez laaaaaaaaaaaaá naaaaaaaaaaa floressssssssssssta do: "Oi,ComoVai?TuboBem?TudoBom!EVocê?TudoBem?TudoBom!EntãoTáBom!........EtãoTá,TudoDeBomPraVocê!Ah,PraVocêeProsSeusTambém!AtéMaisVer!....... Até!ComDeus!Amém,FicaComDeusTambém!Tchau!!!Tchau!!!"
A floresta tinha esse nome, porque lá todos tinham uma mania de se cumprimentar, podiam se encontrar várias vezes no mesmo dia, que se cumprimentavam como se houvesse muito tempo que não se viam: - Oi, como vai? Tubo bem? - Tudo bom! E você? Tudo bem? - Tudo bom! - Então tá bom! - Então tá, tudo de bom pra você! - Ah, pra você e pros seus também!- Até mais ver!- Até! Com Deus!- Amém, fica com Deus também!- Tchau!!!- Tchau!!!


Mas, deixando os cumprimentos de lado e chegando na história de fato ... Num belo dia, vinha caindo do céu uma sementinha, vinha caiiiiiiiiiiiiiindo, caiiiiiiiiiiindo, caiiiiiiiiiiiiiiiindo (vinha cainho devagarinho, porque ela era muito levizinha). Até que caiu no chão. Ali ela ficou.
E veio sol e veio a chuva. Veio o dia e veio a noite.
Veio o sol e veio o dia. Veio a chuva e veio a noite.
Aquela sementinha, que era bem pequenininha, começou a crescer, germinou brotou na terra e continuou crescendo. Virou plantinha, nasceu folhinha e continuou crescendo. Tomou jeito de árvorizinha e continuou crescendo. Galhos já eram para todos lados e continuou crescendo. Não parava de crescer e foi crescendo, crescendo, crescendo, virou a árvore maior da floresta e continuou crescendo. E foi neste crescendo, crescendo, crescendo, que chegou com sua copa lá em cima nas nuvens e virou a árvore maior do mundo.
É, ficou grande, grande e convencida, lá de cima, orgulhosa, ela assim cloroficamente dizia:
- "Eu sou a árvore maior do mundo, eu sou a árvore mais bonita do mundo, eu sou a árvore mais forte do mundo... E blá blá blá blá blá, ela não parava de se vangloriar: "Eu sou a rainha da floresta!!!"
O povo, lá embaixo, parou até com a mania de se cumprimentar, quando se encontravam era só um: "Vovovovovocê viu, óh! Vovovovovocê viu, ah! Uns admirados, outros morrendo de medo, porque aquela árvore de tão grande metia medo. E ela, lá de cima, toda poderosa, via o povo aqui embaixo como se fossem formiguinhas.
E assim foi, até que num belo dia...
Belo dia que nada!
Num dia feio, destes de muitos ventos, chuvas e trovoadas...
Foi aí que a arvrona viu que forte ela não era, não era nada.
Porque vinha um vento, mas um ventão, desses que carregam nuvens e varrem o chão, passava por ela e, como ela era muito grande e não tinha em quem se segurar, ela balançava todinha. Vinha um outro e ela ia. Mais um outro e ela trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrremia.
E foram vindo ventos de tudo enquanto era lado, vento assim e vento assado. E, num dado momento, ela não mais se agüentou e... se quebrou.
Aquela arvrona grandona estava agora ali partida ao meio.
Então ela começou a chorar, e foi chorando, chorando, chorando, chegou a murchar de tanto chorar.
E ai sabem quem apareceu: Zuzu do Bem, a deusa da floresta do "OiComoVaiTudoBem...", que pegou sua varinha de condão, bateu no pé na árvore que caiu e disse as suas palavrinhas mágicas "bem-bem-bem-bererem-bem-bem eu-vou-bem-e-você-também" . Transformando aquela arvrona, num monte de arvorizinha bem pequenininha. E, com essas mudinhas, saiu por aí, replantando o mundo. E foi assim que o mundo verde de novo ficou.
Ah, e, graças a Deus, até hoje, o povo de lá da floresta tem essa gostosa mania de se cumprimentar:"Oi, como vai? Tubo bem? Tudo bom! E você? Tudo bem? Tudo bom! Então tá bom! Então tá, tudo de bom pra você! Ah, pra você e pros seus também! Até mais ver! Até! Com Deus! Amém, fica com Deus também! Tchau!!! Tchau!!! "Oi, como vai? Tubo bem? Tudo bom! E você? Tudo bem? Tudo bom! Então tá b.....
E, atualmente, inventaram até uma outra, que é assim:Me desculpe, foi sem querer! Tudo bem, não foi nada, isto acontece! Então tá bom, precisando de qualquer coisa me procure. Obrigado! Não há de quê, disponha. Me desculpe, foi sem querer! Tudo bem, não foi nada, isto acontece! Então tá bom, precisando de qualquer coisa me procure. Obrigado! Não há de quê, disponha...Mas isto ó faz parte de uma outra história...


"Acabou-se o que era doce
Toda história tem um fim
Quem quiser que conte outra
Que seja tão bela assim."

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