Entrevista:

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Entrelinhas com o escritor Ilan Brenman.


A Árvore dos Desejos - Conto Indiano

Conta uma velha lenda que, certa vez um homem estava viajando e acidentalmente, sentou-se embaixo de uma dessas Árvores dos Desejos. Sem nada saber sobre isso e dominado pelo cansaço, o homem pegou no sono, à sombra de sua frondosa copa. Quando despertou estava com muita fome, e então disse: - Estou com tanta fome! Ah, como eu desejaria conseguir alguma comida agora! E imediatamente apareceu um prato de comida à sua frente, vinda do nada, simplesmente uma deliciosa comida, flutuando no ar.
Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde viera a comida. Começou a comê-la assim que a viu. Somente depois que sua fome foi saciada é que voltou a olhar ao redor. Outro pensamento surgiu em sua mente: - Se ao menos eu conseguisse algo para beber... Imediatamente apareceram excelentes sucos e vinhos. Bebendo e relaxando na brisa fresca, sob a sombra da árvore, o homem começou a pensar: - O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao meu redor que estão fazendo truques comigo?
E diversos espíritos apareceram. O homem começou a tremer e novamente um pensamento surgiu em sua mente: - Serão esses espíritos perigosos?... Logo os espíritos se tornaram nauseantes, ferozes e começaram a fazer gestos ameaçadores para ele. Ai, meu Deus! Agora certamente eles vão me matar! E assim aconteceu...


terça-feira, 16 de julho de 2013

"Histórias de Nasrudin"

Saiba sobre mulá clicando aqui.

A dois dedos do afogamento:

Alguns amigos convidaram Nasrudin para um piquenique. O bom humor imperava, e o almoço sobre a relva foi dos mais perfeitos. Mas a animação do grupo foi interrompida por um incidente que fez todo mundo correr em direção a um rio próximo.

Um desconhecido tinha escorregado e estava dentro da água, profunda e lodosa naquele ponto. De todos os lados correram em seu socorro.

– Dê sua mão! Dê sua mão! – gritavam-lhe.

Nenhuma reação da parte do infeliz, que não sabia nadar e tudo que fazia era engolir água.

Estava a dois dedos de afogar-se quando Mulla apareceu. Reconheceu o sujeito assim que o viu.

– Afastem-se todos e deixem comigo! – gritou, dirigindo-se à multidão.

Estendeu a mão direita para o homem que se debatia e lhe disse:

– Pegue minha mão!

Num rápido impulso, o desconhecido agarrou-se à mão estendida de Mulla, que o tirou do rio.
Nesse meio tempo, os curiosos tinham-se aglomerado e perguntavam em voz alta:

– Explique-nos, Mulla! Por que ele não nos-deu a mão, mas agarrou a sua imediatamente?

– É muito simples – respondeu Nasrudin. – Eu o conheço há muito tempo: é um sujeito de uma avareza sórdida. Então vocês não sabem que os avarentos costumam tomar, e não dar? Foi por isso que não lhe pedi que me desse a mão, mas que pegasse a minha.